Estudantes de medicina e professores do Integrado partem em nova missão humanitária

Estudantes de medicina e médicos preceptores do Centro Universitário Integrado viajam ao Pará para atender comunidades carentes que vivem às margens do Rio Amazonas – Foto: Projeto Humanika (@projetohumanika)

A terceira edição do Projeto Humanika (@projetohumanika) já tem data confirmada. No dia 23 de novembro, parte de uma equipe de 3 médicos preceptores e 25 estudantes de medicina do Centro Universitário Integrado viajam até o município de Prainha (PA) — distante 3.386 km de Campo Mourão — onde vão prestar serviços humanitários de saúde aos moradores que vivem em situação de vulnerabilidade social.

Os expedicionários vão até São Paulo (Guarulhos) e continuam de avião até Santarém (PA). De lá, eles seguem num barco alugado até os vilarejos de Boa Vista do Cuçari e Itamucuri, que ficam às margens do Rio Amazonas. A viagem toda dura cerca de 20 horas. O grupo ficará nas comunidades ribeirinhas até o dia 3 de dezembro, quando retornam ao Paraná.

“Como médicos e futuros médicos, vamos ajudar essas pessoas a ter mais qualidade de vida. Como a região é de difícil acesso e desprovida de recursos, grande parte dos moradores locais não têm saneamento básico, energia elétrica, serviços de saúde e muitos deles nunca fizeram uma consulta. É uma realidade completamente diferente da nossa”, explica o professor Eufânio Saqueti, médico urologista, idealizador da expedição e docente do curso de medicina do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR).

Foto: Projeto Humanika (@projetohumanika)

PREVISÃO DE ATENDIMENTOS

Esse é o terceiro ano seguido que os estudantes e os médicos preceptores do curso de medicina do Integrado fazem esse trabalho voluntário no município de Prainha (PA). Ao longo de dez dias, a equipe pretende realizar 1.400 consultas ambulatoriais, 60 pequenos procedimentos cirúrgicos (vasectomias, retiradas de hérnias, lipomas e drenagem de cistos sebáceos), distribuir medicamentos e materiais para atendimentos emergenciais.

Para isso, eles estão levando 10 mil cápsulas de comprimidos, analgésicos, anti-inflamatórios, antibióticos – entre outros itens – que eles adquiriram com apoio financeiro do Grupo Integrado e também arrecadaram em hospitais, clínicas particulares e com apoio financeiro da comunidade ao longo do ano. Todas as caixas estão sendo embaladas de acordo com as normas vigentes para preservar a qualidade dos insumos e medicamentos.

DESPESAS PRÓPRIAS

Os custos da viagem com passagens aéreas e alimentação também estão sendo pagos pelos próprios voluntários. Cada um deve desembolsar cerca de R$ 4 mil para participar dessa expedição.

Desde que esses trabalhos começaram em 2022, 8 médicos preceptores e 70 estudantes de medicina do Integrado já participaram das ações. Eles já realizaram 2.400 consultas ambulatoriais, 310 pequenos procedimentos cirúrgicos e distribuíram mais de 20 mil medicamentos e materiais para atendimentos emergenciais.

Foto: Projeto Humanika (@projetohumanika)

 

O QUE É O PROJETO HUMANIKA

O Projeto Humanika (@projetohumanika) é uma colaboração inspiradora entre um grupo de acadêmicos de medicina do Centro Universitário Integrado e médicos preceptores da instituição de ensino superior unidos com o intuito de proporcionar assistência médica de qualidade às populações mais carentes e vulneráveis, independentemente de sua localização ou condição socioeconômica.

A ideia surgiu em 2022 e todos os anos a missão humanitária mourãoense se repete. Nascido do compromisso de servir aos que mais necessitam, o Projeto Humanika (@projetohumanika) reúne estudantes apaixonados pela medicina e profissionais experientes que reconhecem a importância de compartilhar conhecimento e recursos em prol do bem comum.

“Movidos pela empatia e pelo desejo de fazer a diferença de maneira voluntária, essas pessoas se unem para ir além do ensino acadêmico tradicional, para aplicar os conhecimentos teóricos na prática e nos locais onde o acesso à saúde é mais escasso; tudo para ajudar a transformar a realidade das comunidades atendidas”, enfatiza o professor de medicina.

Foto: Projeto Humanika (@projetohumanika)

TRANSFORMAÇÃO

Para a acadêmica do Integrado Julia Marques Fistarol – que veio de Amambaí (MS) para cursar medicina em Campo Mourão – as expectativas são enormes.

“Sempre fiz serviços voluntários desde pequena. Sou apaixonada por viver experiências diferentes, conhecer pessoas e culturas diferentes. Saber que posso ajudar os outros (pelo menos um pouquinho) enche meu coração de alegria. Amo estar em contato com as pessoas e retribuir ao mundo um pouco do que ele me proporciona. O que mais espero nesta missão é ser uma médica melhor, ser uma pessoa melhor”, diz a estudante que cursa o 9º ano de medicina no Integrado e participa pela primeira vez do projeto.

Já para o formando Matheus Del Cistia – que veio de Sorocaba para cursar medicina no Integrado e participou de todas as edições do Projeto Humanika (@projetohumanika) – a experiência é transformadora. Motivado pela questão humanitária, Matheus também coordenou a expedição que atendeu as vítimas das enchentes que assolaram o Rio Grande do Sul em 2024.

“É um choque de realidade muito grande. Isso faz a gente repensar e não reclamar da vida. Para quem já fez esse trabalho de ajudar ao próximo em cenários desafiadores, a experiência é marcante. Nos ajuda a sermos pessoas melhores e que realmente se preocupam com os demais”, conta.

RESPONSABILIDADE SOCIAL

A iniciativa em participar do Projeto Humanika (@projetohumanika) reforça o compromisso do Centro Universitário Integrado com a responsabilidade social e a formação prática dos estudantes, permitindo que os acadêmicos vivam de perto os desafios enfrentados em diferentes situações.

“A instituição de ensino superior fomenta o desenvolvimento local, regional e nacional em consonância com o propósito de transformar vidas por meio da educação de qualidade. Por isso, nada melhor do que praticar aquilo que aprendemos nas salas de aula, nos laboratórios, nos hospitais e no dia-a-dia”, complementa o idealizador da expedição e professor do curso de medicina do Centro Universitário Integrado de Campo Mourão (PR), Eufânio Saqueti.

A terceira edição do Projeto Humanika (@projetohumanika) tem o apoio do Sicredi Vale do Piquiri Abcd PR/SP e da ONG Amazonas Canaã.